Incontinência Urinária Pós-Prostatectomia Radical

A cirurgia de próstata, apesar de estar se tornando um procedimento muito menos invasivo e com o mínimo de sequelas possível, ainda pode ocasionar a incontinência urinária no pós operatório, especialmente a incontinência de esforço. Estas alterações podem persistir após dois anos de prostatectomia radical, gerando um grande impacto negativo na qualidade de vida dos homens.

A incontinência urinária pode ser amenizada ou extinta com fisioterapia pélvica, que consiste no tratamento da musculatura do assoalho pélvico. Para isso, dentro das sessões são dispostos diversos recursos, como a cinesioterapia para a musculatura do assoalho pélvico, a utilização de biofeedback e a eletroestimulação.

A base das sessões consistem em primeiramente aprender a contrair o assoalho pélvico, depois dominar a contração e o relaxamento, sem co-contrações de musculaturas paralelas, em seguida aumentar a força, potência, endurance e pré-contração automática e por fim dar seguimento e manutenção dessa força nas atividades de vida diária.

A fisioterapia pélvica é um dos tratamentos de primeira linha para o fim da incontinência urinária desde 2005, e é considerada o padrão ouro de tratamento para as disfunções urinárias em geral, dada sua eficácia, relação custo-benefício e ausência de efeitos colaterais.